sexta-feira, 7 de junho de 2013

EUA estão ajudando a reconstruir o Império Otomano

por Robert E. Kaplan

Todas essas intervenções militares dos Estados Unidos aconteceram em uma área que foi parte do Império Otomano, e onde um regime secular foi substituído por um islâmico. Até agora, a política da Alemanha de manter escondido o seu papel de liderança na tentativa de reconstituir o Império Otomano foi bem sucedida.
Desde meados da década de 1990, os Estados Unidos intervieram militarmente em vários conflitos armados na Europa e no Oriente Médio: lançar bombas a Sérvia em apoio ao regime muçulmano de Izetbegovic na Bósnia em 1995, lançar bombas novamente em apoio a guerrilheiros muçulmanos em 1999 lançar bombas sobre o regime líbio de Kadafi em apoio aos rebeldes em 2010. Para os americanos, a justificação para cada intervenção foi motivada por questões humanitárias: para proteger muçulmanos bósnios dos sérvios genocidas, para proteger muçulmanos de Kosovo dos sérvios genocidas, e para proteger os líbios do ditador assassino Muamar Kadafi.
Outras desculpas para as intervenções também foram utilizadas: para ganhar uma posição estratégica para os Estados Unidos nos Balcãs, para derrotar o comunismo na Iugoslávia, para demostrar aos muçulmanos do mundo que os Estados Unidos não são anti-muçulmanos, para redefinir o papel da OTAN no período pós-Guerra Fria, entre outras.
Todas essas intervenções militares dos Estados Unidos aconteceram em uma área que foi parte do Império Otomano. Em cada uma delas, o regime secular acabou substituído por um islâmico, a favor da lei islâmica e da criação de um califado mundial. Os países que passaram pela “Primavera Árabe” a partir de 2010 sem a ajuda da intervenção militar americana, Tunísia e Egito, também foram parte do Império Otomano, e também acabaram governados por regimes islâmicos.
Nos Estados Unidos, a maioria das discussões sobre os conflitos militares na década de 1990 nos Balcãs e sobre a “Primavera Árabe” entre 2010 e 2012 não mencionam que as áreas envolvidas foram parte do Império Otomano, inclusive a Turquia, as áreas habitadas por muçulmanos em torno do Mediterrâneo, o Iraque, as regiões costeiras da Península Árabe e partes dos Balcãs. Nas áreas que passaram pela Primavera Árabe, o papel da Turquia todas as vezes foi de apoiar os rebeldes e rapidamente reconhecê-los como um governo legítimo do país em revolta.
E os líderes turcos conectam os conflitos na Bósnia, a “Primavera Árabe” e o Império Otomano. Harold Rhode, um americano especialista em Turquia, noticiou:
Os recentes [2011] discursos de Erdogan [presidente da Turquia] após sua vitória eleitoral colocam em evidência suas verdadeiras intenções com relação à política externa da Turquia. Segundo ele, sua vitória é tão importante em Ancara quanto o é na capital da Bósnia e Herzegovina, Sarajevo, que era uma importante cidade otomana nos tempos do império; que a festa de sua vitória foi tão importante em uma grande cidade como Izmir, na costa oeste de Anatólia, quanto em Damasco, e tão importante em Istambul quanto em Jerusalém…
Ao dizer que essa vitória é tão importante em todas as ex-cidades otomanas, Erdogan aparentemente se vê na tentativa de recuperar na sua totalidade o passado otomano da Turquia.
O fato de que desde 1990 cada país da Europa e do Oriente Médio que sofreu intervenção militar americana em um conflito militar interno ou em uma “Primavera Árabe” acabou com um governo dominado por islâmicos da Irmandade Islâmica ou pela al-Qaeda se encaixa bem na ideia de que esses eventos representam um retorno ao Império Otomano. Além de ser um império político governando um território e sua população, o Império Otomano alegou ser um califado com domínio espiritual sobre todos os muçulmanos, dentro e fora das fronteiras. Embora possa parecer estranho no início, a ideia de promover a renovação do Império Otomano em duas frentes: quebrar a estrutura política pós-otomana e promover um califado que islâmicos dizem desejar, parece bastante razoável.
Assim como os conflitos nos Balcãs na década de 1990 e a “Primavera Árabe” considerada em perspectiva histórica sugere que a Turquia pode estar tentando recriar seu antigo império, um exame do império turco em uma perspectiva histórica sugere uma possível parceria entre Alemanha e Turquia no projeto, considerando que, desde sua criação em 1870, a Alemanha viu a Turquia com seu império como seu mais valioso cliente e aliado. Na visão dos líderes da Alemanha, a Turquia era controlável por meio de uma combinação de intercâmbio comercial e presentes como oportunidades educacionais, disposição de conhecimentos técnicos e administrativos, e também propinas a autoridades turcas. A Alemanha via a influência da Turquia como um meio de influenciar os muçulmanos ao redor do mundo para seus próprios interesses. Como mostrou o estudioso alemão Worfgang Schwanitz, durante a 1º Guerra Mundial a Alemanha empregou o califado turco para promover a jihad (tumultos e rebeliões) em áreas onde muçulmanos eram governados por seus inimigos, que eram Rússia, da França, da Inglaterra e da Sérvia.
No entanto, nos cerca de 50 artigos reunidos em minha pesquisa sobre a consciência de parte dos americanos sobre uma possível conexão turca com a “Primavera Árabe”, não encontrei uma única menção a “Alemanha”. Somente em um link em um desses artigos, que levava a um artigo sobre a Corte Penal Internacional (CPI) que, com sua acusação a Muamar Kadafi e a emissão de um mandado de prisão contra ele, forneceu a base “legal” que legitimou os bombardeios da OTAN contra a Líbia, que deu a vitória aos rebeldes e terminou o regime de Kadafi, nele encontrei uma menção à Alemanha. Do artigo, “A Lawless Global Court" (Uma Corte Global sem Leis), escrito por John Rosenthal (Policy Review nº 123, 1º fev. 2004), descobre-se que a CPI é um projeto iniciado, promovido e até certo ponto financiado pela Alemanha. Levando isso em consideração, a ideia de que a CPI serve aos propósitos da Alemanha é senso comum. Por meio da conexão da Corte, a promoção alemã da “Primavera Árabe” fica clara. No entanto, quase nunca é mencionada. Esse silêncio exige uma explicação.
Mais tarde, encontrei uma referência explícita ao papel da Alemanha nisso tudo, principalmente na guerra contra o regime de Assad na Síria, no artigo de John Rosenthal German Intelligence: al-Qaeda all over Syria (Inteligência Alemã: al-Qaeda em Toda a Síria) no site do Asia Times, que noticia que o governo alemão apoia os rebeldes e seu braço político, o Conselho Nacional Sírio, contra Assad; que o governo alemão manteve em sigilo “por questões de interesse nacional” o conteúdo de vários relatórios da agência de inteligência alemã BND de que o massacre de civis na cidade síria de Houla em 25 de maio de 2012, em que Assad foi considerado responsável, foi na verdade cometido por forças rebeldes, e que “o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha está trabalhando com representantes da oposição síria para desenvolver “planos concretos” para uma “transição política” na Síria após a queda de Assad. Até agora, a política da Alemanha de manter escondido o seu papel de liderança na tentativa de reconstituir o Império Otomano parece ter sido bem sucedida.
Cada ação militar dos Estados Unidos na Europa e no Oriente Médio desde 1990, no entanto, com exceção do Iraque, seguiu um padrão evidente: Primeiro houve um conflito armado dentro do país onde a intervenção iria acontecer. A mídia americana fez uma grande cobertura do conflito. Os “bonzinhos” na história eram os rebeldes. Os “vilões”, que seriam atacados pelas forças militares americanas, eram brutalmente antidemocráticos, perpetradores de crimes de guerra, guerras contra a humanidade e genocídios. Figuras públicas prestigiosas, ONGs, entidades judiciais e quase judiciais e organizações internacionais clamavam por apoio aos rebeldes e ataque ao regime. Próximo passo, o presidente americano ordenava um apoio logístico e fornecia armas aos rebeldes. Finalmente, o presidente americano ordenava um ataque militar sob proteção da OTAN em apoio aos rebeldes. O ataque geralmente consiste em um bombardeio aéreo, o atual equivalente das canhoneiras dos séculos XIX e XX, que podiam atacar cidades costeiras de países militarmente fracos sem medo de retaliação. O resultado final de todas as intervenções americanas foi a substituição do governo secular por um regime islâmico em uma área que foi parte do Império Otomano.
Por que o governo dos EUA promoveria ativamente objetivos alemães, como a destruição da Iugoslávia (a Alemanha invadiu a Sérvia nas duas guerras mundiais) e a recriação do Império Otomano, é uma questão que precisa ser respondida.
Robert E. Kaplan é historiador, com doutorado pela Universidade de Cornell, especializando em Europa moderna.
Traduzido por do artigo do Conselho de Política Internacional do Instuto Gatestone: The U.S. Helps Reconstruct the Ottoman Empire

quinta-feira, 6 de junho de 2013

EUA estão ajudando a reconstruir o Império Otomano

por Robert E. Kaplan

Todas essas intervenções militares dos Estados Unidos aconteceram em uma área que foi parte do Império Otomano, e onde um regime secular foi substituído por um islâmico. Até agora, a política da Alemanha de manter escondido o seu papel de liderança na tentativa de reconstituir o Império Otomano foi bem sucedida.
Desde meados da década de 1990, os Estados Unidos intervieram militarmente em vários conflitos armados na Europa e no Oriente Médio: lançar bombas a Sérvia em apoio ao regime muçulmano de Izetbegovic na Bósnia em 1995, lançar bombas novamente em apoio a guerrilheiros muçulmanos em 1999 lançar bombas sobre o regime líbio de Kadafi em apoio aos rebeldes em 2010. Para os americanos, a justificação para cada intervenção foi motivada por questões humanitárias: para proteger muçulmanos bósnios dos sérvios genocidas, para proteger muçulmanos de Kosovo dos sérvios genocidas, e para proteger os líbios do ditador assassino Muamar Kadafi.
Outras desculpas para as intervenções também foram utilizadas: para ganhar uma posição estratégica para os Estados Unidos nos Balcãs, para derrotar o comunismo na Iugoslávia, para demostrar aos muçulmanos do mundo que os Estados Unidos não são anti-muçulmanos, para redefinir o papel da OTAN no período pós-Guerra Fria, entre outras.
Todas essas intervenções militares dos Estados Unidos aconteceram em uma área que foi parte do Império Otomano. Em cada uma delas, o regime secular acabou substituído por um islâmico, a favor da lei islâmica e da criação de um califado mundial. Os países que passaram pela “Primavera Árabe” a partir de 2010 sem a ajuda da intervenção militar americana, Tunísia e Egito, também foram parte do Império Otomano, e também acabaram governados por regimes islâmicos.
Nos Estados Unidos, a maioria das discussões sobre os conflitos militares na década de 1990 nos Balcãs e sobre a “Primavera Árabe” entre 2010 e 2012 não mencionam que as áreas envolvidas foram parte do Império Otomano, inclusive a Turquia, as áreas habitadas por muçulmanos em torno do Mediterrâneo, o Iraque, as regiões costeiras da Península Árabe e partes dos Balcãs. Nas áreas que passaram pela Primavera Árabe, o papel da Turquia todas as vezes foi de apoiar os rebeldes e rapidamente reconhecê-los como um governo legítimo do país em revolta.
E os líderes turcos conectam os conflitos na Bósnia, a “Primavera Árabe” e o Império Otomano. Harold Rhode, um americano especialista em Turquia, noticiou:
Os recentes [2011] discursos de Erdogan [presidente da Turquia] após sua vitória eleitoral colocam em evidência suas verdadeiras intenções com relação à política externa da Turquia. Segundo ele, sua vitória é tão importante em Ancara quanto o é na capital da Bósnia e Herzegovina, Sarajevo, que era uma importante cidade otomana nos tempos do império; que a festa de sua vitória foi tão importante em uma grande cidade como Izmir, na costa oeste de Anatólia, quanto em Damasco, e tão importante em Istambul quanto em Jerusalém…
Ao dizer que essa vitória é tão importante em todas as ex-cidades otomanas, Erdogan aparentemente se vê na tentativa de recuperar na sua totalidade o passado otomano da Turquia.
O fato de que desde 1990 cada país da Europa e do Oriente Médio que sofreu intervenção militar americana em um conflito militar interno ou em uma “Primavera Árabe” acabou com um governo dominado por islâmicos da Irmandade Islâmica ou pela al-Qaeda se encaixa bem na ideia de que esses eventos representam um retorno ao Império Otomano. Além de ser um império político governando um território e sua população, o Império Otomano alegou ser um califado com domínio espiritual sobre todos os muçulmanos, dentro e fora das fronteiras. Embora possa parecer estranho no início, a ideia de promover a renovação do Império Otomano em duas frentes: quebrar a estrutura política pós-otomana e promover um califado que islâmicos dizem desejar, parece bastante razoável.
Assim como os conflitos nos Balcãs na década de 1990 e a “Primavera Árabe” considerada em perspectiva histórica sugere que a Turquia pode estar tentando recriar seu antigo império, um exame do império turco em uma perspectiva histórica sugere uma possível parceria entre Alemanha e Turquia no projeto, considerando que, desde sua criação em 1870, a Alemanha viu a Turquia com seu império como seu mais valioso cliente e aliado. Na visão dos líderes da Alemanha, a Turquia era controlável por meio de uma combinação de intercâmbio comercial e presentes como oportunidades educacionais, disposição de conhecimentos técnicos e administrativos, e também propinas a autoridades turcas. A Alemanha via a influência da Turquia como um meio de influenciar os muçulmanos ao redor do mundo para seus próprios interesses. Como mostrou o estudioso alemão Worfgang Schwanitz, durante a 1º Guerra Mundial a Alemanha empregou o califado turco para promover a jihad (tumultos e rebeliões) em áreas onde muçulmanos eram governados por seus inimigos, que eram Rússia, da França, da Inglaterra e da Sérvia.
No entanto, nos cerca de 50 artigos reunidos em minha pesquisa sobre a consciência de parte dos americanos sobre uma possível conexão turca com a “Primavera Árabe”, não encontrei uma única menção a “Alemanha”. Somente em um link em um desses artigos, que levava a um artigo sobre a Corte Penal Internacional (CPI) que, com sua acusação a Muamar Kadafi e a emissão de um mandado de prisão contra ele, forneceu a base “legal” que legitimou os bombardeios da OTAN contra a Líbia, que deu a vitória aos rebeldes e terminou o regime de Kadafi, nele encontrei uma menção à Alemanha. Do artigo, “A Lawless Global Court" (Uma Corte Global sem Leis), escrito por John Rosenthal (Policy Review nº 123, 1º fev. 2004), descobre-se que a CPI é um projeto iniciado, promovido e até certo ponto financiado pela Alemanha. Levando isso em consideração, a ideia de que a CPI serve aos propósitos da Alemanha é senso comum. Por meio da conexão da Corte, a promoção alemã da “Primavera Árabe” fica clara. No entanto, quase nunca é mencionada. Esse silêncio exige uma explicação.
Mais tarde, encontrei uma referência explícita ao papel da Alemanha nisso tudo, principalmente na guerra contra o regime de Assad na Síria, no artigo de John Rosenthal German Intelligence: al-Qaeda all over Syria (Inteligência Alemã: al-Qaeda em Toda a Síria) no site do Asia Times, que noticia que o governo alemão apoia os rebeldes e seu braço político, o Conselho Nacional Sírio, contra Assad; que o governo alemão manteve em sigilo “por questões de interesse nacional” o conteúdo de vários relatórios da agência de inteligência alemã BND de que o massacre de civis na cidade síria de Houla em 25 de maio de 2012, em que Assad foi considerado responsável, foi na verdade cometido por forças rebeldes, e que “o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha está trabalhando com representantes da oposição síria para desenvolver “planos concretos” para uma “transição política” na Síria após a queda de Assad. Até agora, a política da Alemanha de manter escondido o seu papel de liderança na tentativa de reconstituir o Império Otomano parece ter sido bem sucedida.
Cada ação militar dos Estados Unidos na Europa e no Oriente Médio desde 1990, no entanto, com exceção do Iraque, seguiu um padrão evidente: Primeiro houve um conflito armado dentro do país onde a intervenção iria acontecer. A mídia americana fez uma grande cobertura do conflito. Os “bonzinhos” na história eram os rebeldes. Os “vilões”, que seriam atacados pelas forças militares americanas, eram brutalmente antidemocráticos, perpetradores de crimes de guerra, guerras contra a humanidade e genocídios. Figuras públicas prestigiosas, ONGs, entidades judiciais e quase judiciais e organizações internacionais clamavam por apoio aos rebeldes e ataque ao regime. Próximo passo, o presidente americano ordenava um apoio logístico e fornecia armas aos rebeldes. Finalmente, o presidente americano ordenava um ataque militar sob proteção da OTAN em apoio aos rebeldes. O ataque geralmente consiste em um bombardeio aéreo, o atual equivalente das canhoneiras dos séculos XIX e XX, que podiam atacar cidades costeiras de países militarmente fracos sem medo de retaliação. O resultado final de todas as intervenções americanas foi a substituição do governo secular por um regime islâmico em uma área que foi parte do Império Otomano.
Por que o governo dos EUA promoveria ativamente objetivos alemães, como a destruição da Iugoslávia (a Alemanha invadiu a Sérvia nas duas guerras mundiais) e a recriação do Império Otomano, é uma questão que precisa ser respondida.
Robert E. Kaplan é historiador, com doutorado pela Universidade de Cornell, especializando em Europa moderna.
Traduzido por do artigo do Conselho de Política Internacional do Instuto Gatestone: The U.S. Helps Reconstruct the Ottoman Empire

PALESTINIANOS APELAM AO "CALIFADO MUÇULMANO"

Milhares de árabes palestinianos participaram numa gigantesca manifestação em Ramalá, no início desta semana, apelando ao estabelecimento do "Califado Muçulmano" - o governo islâmico mundial que "trará a vinda do Mahdi" - o messias islâmico.
O Califado é essencialmente uma união de países muçulmanos sob a liderança espiritual e política de um só indivíduo: o Califa. Desde os dias de Maomé que esse tem sido um conceito islâmico, altura em que foi estabelecido por alguns dos seus discípulos. O ofício do "Califa oficial" tem por diversas vezes sido disputado, com vários candidatos a "califa" batalhando entre si para a obtenção do título.
O último Califa oficial foi Abdulmecid II, que perdeu o seu cargo no rescaldo da derrota da Turquia otomana na Primeira Guerra Mundial. O Califa mais bem conhecido no Ocidente é Solimão, o Magnífico,  um sultão otomano que no século XVI conquistou a maior parte do Médio Oriente e do Golfo Pérsico,  conquistando até partes da Europa, até ter sido parado às "portas de Viena".
Com muitos estados muçulmanos divididos politica e religiosamente, e dependentes do apoio do Ocidente, os radicais islâmicos têm andado a promover a ideia do restabelecimento do califado - desta vez a ser liderado pelo todo poderoso Mahdi, que segundo eles irá unir todos os muçulmanos e estabelecerá o Islão como a religião dominante no mundo, reinando durante alguns anos até ao "Dia do Juízo Final." Embora a identidade do Mahdi seja secreta, muitos muçulmanos acreditam que ele já está vivo, e vários indivíduos têm alegado terem o título. Diz-se que muitos muçulmanos acreditavam que Osama bin Laden seria o Mahdi, ou o seu braço direito, até ele ter sido morto há alguns anos atrás pelas forças especiais norte-americanas.

A manifestação em Ramalá incluiu muitos estudantes da universidade Bir-Zeit, a universidade mais prestigiada da Autoridade Palestiniana, a norte de Jerusalém e uma grande beneficiária dos apoios financeiros dos EUA e da Europa. Os participantes reuniram-se numa grande mesquita em El Bireh, nas imediações de Ramalá, e desfilaram até à Praça Manara, um grande espaço de encontro na cidade de Ramalá. Os prelectores no encontro apelaram aos participantes para que "tivessem fé" no futuro, para que abandonassem os seus costumes ocidentais e fizessem mais para cumprir os requisitos do Islão.
A manifestação foi organizada pela "Hizb at-Tarhir" (partido da libertação), que tem o seu próprio candidato a Mahdi - o líder da organização Ata Abu Rashta, nascido na antiga "Palestina" e residente de longa data num campo de refugiados perto de Hebron. Os prelectores na manifestação disseram que Abu Rashta, como Mahdi, irá unir os muçulmanos e estabelecer a lei"sharia" nos países à volta do mundo. Os pregadores apelaram ainda à unidade de todos os muçulmanos para assegurar a "vitória na Síria", a "libertação da Palestina das mãos dos odiosos judeus""a libertação da humanidade das cadeias do capitalismo."

ERDOGAN: O NOVO CALIFA?
Uma das acusações que têm sido feitas ao primeiro-ministro turco Erdogan, é que ele tem ambições de "califa", querendo impôr a lei"sharia" em toda a Turquia, que apesar da sua população ser esmagadoramente de religião islâmica, quer continuar a ser um estado laico, ambicionando até fazer parte da União Europeia. 

A "linha dura" e quase ditatorial de Erdogan tem levado a comunidade muçulmana mundial a crer que ele se candidata a ser o próximo califa, ainda que tal possibilidade seja contestada por muitos, especialmente os radicais.  

domingo, 2 de junho de 2013

Rebeldes sírios apoiados pelos EUA massacram vila cristã

O que uma notícia como essa está fazendo neste blog?

Atenção! Se você não entender o que realmente está acontencendo na Síria, provavelmente entendeu pouca coisa até agora! Assuma sua posição, enquanto é tempo.

Comentário de Don Hank: Não pensem que Obama é o único responsável pela matança de cristãos. A verdade é que o senador republicano John McCain está com mais empolgação para ajudar a al-Qaida a matar mais cristãos e derrubar Bashar Al Assad, o líder que é mais amistoso aos cristãos no mundo islâmico.
Leia também este importante artigo de Don Hank: “Como as potências ocidentais ajudam na perseguição aos cristãos
Comentário de Julio Severo: Temos aqui uma notícia triste de cristãos sírios sendo massacrados por rebeldes islâmicos e o maior envolvimento do Brasil nesta altura é um requerimento de “louvor” a uma Declaração de Istambul, como se fosse possível tratar de modo justo dos cristãos sírios quando Istambul é a cidade mais importante do país que mais ajuda a al-Qaida e os rebeldes islâmicos na Síria. A seguir, o artigo:

Rebeldes sírios apoiados pelos EUA massacram vila cristã

Ryan Keller
Membros do Exército Sírio Livre [compostos de rebeldes islâmicos apoiados pela Turquia] atacaram a vila al-Duvair, de maioria cristã, nos arredores de Homs na segunda-feira, onde massacraram seus cidadãos, inclusive mulheres e crianças, antes que o Exército Sírio intervisse.
Cristãos sírios massacrados
Esse ataque denunciado ocorreu logo depois de intenso combate na cidade de al-Qusseir no final de semana, em que o exército de Bashar Al-Assad infligiu pesadas baixas nos rebeldes.
O exército de Assad lançou uma ofensiva em abril num esforço para interromper as linhas de abastecimento para os rebeldes ao tomar a cidade e suas regiões vizinhas dos grupos rebeldes que estavam entrincheirados ali desde o ano passado. Duas semanas atrás, o exército sírio alcançou o centro da cidade.
Embora as fontes que descreveram o massacre de segunda-feira apoiem Assad, é possível que tenha ocorrido, pois os grupos rebeldes que estão lutando contra o governo de Assad são compostos principalmente de membros da al-Qaida e grupos ligados a al-Qaida e têm cometido crimes de guerra e atrocidades no passado.
Jabhat al-Nusra, o ramo da al-Qaida que lutou e matou americanos e tropas aliadas no Iraque, assumiu posições na Síria e controla o movimento rebelde.
Os EUA e outros governos ocidentais que estão apoiando o Exército Sírio Livre reconhecem a presença de jihadistas, mas insistem em que eles são apenas uma pequena parte do movimento rebelde. Contudo, a al-Qaida e outros grupos extremistas islâmicos estão na linha de frente do movimento rebelde desde o primeiro dia da guerra síria, que começou dois anos atrás. De acordo com os serviços alemães de espionagem, 95 por cento dos rebeldes nem mesmo são sírios.
“Na Síria controlada pelos rebeldes, a luta é totalmente religiosa,” noticiou o jornal New York Times no mês passado.
Em abril, Abou Mohamad al-Joulani, líder do grupo rebelde al-Nusra, prometeu lealdade a Ayman al-Zawahri, líder da al-Qaida.
Membros dos rebeldes confessaram que seu plano é instituir a lei islâmica, e os rebeldes têm agora uma brigada chamada Brigada Osama bin Laden.
Apesar das provas de conexões com a al-Qaida, o governo dos EUA continua a apoiar o Exército Sírio Livre.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

CUIDADO: Evangélicos pró-Hamas!

Exclusivo: Walid Shoebat, escritor cristão palestino, alerta sobre organização anti-Israel que está dando palestras em mega-igrejas dos EUA

Walid Shoebat
Jesus at the Check Point,” uma organização “cristã” com uma tendência socialista e liberal, estará logo dando palestras numa igreja perto de você.
A organização está viajando pelos países para ajuntar apoio para, conforme eles afirmam mais ou menos, aliviar a “perseguição cristã.”
O lema da organização é “resistência não violenta contra a ocupação sionista israelense.” “O sionismo é o obstáculo à paz,” eles escrevem, e eles querem “educar os cristãos evangélicos” para “entender a Bíblia a partir de uma perspectiva cristã palestina,” que abertamente apoia um “Estado dividido” como a solução para o conflito israelense-palestino.
O principal dínamo e agente patrocinador dessas viagens de palestras é o Colégio Bíblico de Belém em Belém, Israel. Sua 2ª Conferência Internacional foi dirigida por uma família palestina, os Awads, inclusive Sami Awad, Bishara Awad e Alex Awad. Afirmando serem batistas, os Awads, conseguiram atrair algumas figuras influentes. Vários evangélicos americanos que eles recrutaram haviam tomado ação para trazê-los para palestrar em igrejas americanas.
Bishara Awad, diretor do Colégio Bíblico de Belém
Mas o que muitos no Ocidente não sabem é que essa organização não tem nada a ver com a identidade batista. Além disso, eles não estão de forma alguma envolvidos com atividades contrárias à perseguição cristã. Essa organização jamais menciona que no Oriente Médio os islâmicos perseguem os cristãos. O que eles dizem é que a perseguição que os cristãos sofrem tem origem na presença judaica em toda a Judeia bíblica. Eles afirmam que os judeus confiscaram terras dos árabes.
De acordo com eles, são os sionistas, não o [grupo terrorista] Hamas, que perseguem os cristãos. Aliás, eles promovem a legitimidade do Hamas e apoiam plenamente o terrorismo, mas não como sua tática. Para eles, o terrorismo é legítimo como uma tática para outras organizações palestinas enquanto estão fazendo resistência aos que eles consideram como “ocupação israelense.”
Gravei a entrevista deles de TV antes que as provas fossem removidas, depois de um contato com Wayne Cordeiro, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular em Honolulu, Havaí. Sete anos atrás, Cordeiro convidou essa organização e se sentiu convencido a chamar Israel de “uma ocupação.”
A prova está neste link, em inglês.
E embora Alex Awad diga que ele “não apoia o Hamas,” essa declaração tem suas letras miúdas; ele insistiu que os evangélicos precisam aceitar a realidade de que o Hamas é a “representação legítima do povo palestino.” O que é chocante é que Cordeiro concordou: “Precisamos dar uma chance a eles [o Hamas].”
Nossas fontes árabes mostram que além de apoiar o Hamas, essa organização apoia a FPLP, a organização terrorista Frente Popular para Libertar a Palestina. Tudo isso apesar de que ambas essas organizações são declaradas ilegais pelos Estados Unidos.
A história dessa espécie palestina belicosa de Cristianismo não é nova; foi uma invenção dos revolucionários palestinos socialistas de décadas atrás que surgiu para recrutar cristãos para se juntarem às fileiras dos socialistas, comunistas e até grupos terroristas como a FPLP. Para compreender essa espécie de teologia, obtivemos uma dissertação de formatura aprovada pelo Colégio Bíblico Belém e escrita por Yousef Ijha intitulada “Estudando o Sionismo Cristão.” A dissertação declarou:
“Herzl estabeleceu o primeiro Congresso Sionista em 1897, e conseguiu reunir os judeus do mundo ao redor de si, inclusive os mais astutos dos judeus para publicarem o mais perigoso plano da história do mundo, ‘Os Protocolos dos Sábios de Sião,’ procedente dos ensinos judaicos sagrados.”
Tudo isso enquanto ignorando que “Os Protocolos dos Sábios de Sião” é comprovadamente um documento fraudulento, conforme os melhores historiadores.
Fiel à teologia socialista ensinada pelos Awads, Ijha se tornou uma figura proeminente e organizador da organização comunista Federação Mundial da Juventude Democrática, um grupo que tem filiais no Oriente Médio e Norte da África. Enquanto era estudante de Awad, Ijha proclamou publicamente sua lealdade à organização terrorista FPLP enquanto honrava o famoso terrorista Ahmad Saadat, secretário-geral da FPLP: “Todas as saudações ao nosso camarada… Ahmad Saadat da FPLP… e uma saudação vermelha encharcada no sangue dos mártires.” 
Atualmente, Saadat está numa prisão israelense por seu envolvimento no assassinato do ex-primeiro ministro Rehavam Ze’evi.
A verdade é que os Awads concordarão com seus recrutas. Em maio de 2008 Alex Awad participou de uma conferência, realizada em Jakarta, Indonésia, de apoio ao terrorismo islâmico. Entre os palestrantes desse evento estava Zahra Mostafavi, filha do aiatolá iraniano Khomeini. Ela havia anteriormente incentivado crianças a se tornarem homens-bombas. Entre os participantes estavam também representantes do Hamas e do Hezbollah, cuja presença Alex Awad tentou mascarar.
Esse grupo expressa, por meio de artigos e notícias na mídia, como detesta o modo como os evangélicos compreendem as profecias bíblicas com relação a Israel. Contudo, eles mesmos não vivem sem proclamações proféticas. Sete anos atrás, no programa de TV de Cordeiro, Alex predisse que dentro de três a quatro meses o Hamas se transformaria num leopardo sem manchas. A realidade hoje é que o Hamas está ganhando força depois da Primavera Árabe e está ganhando mais manchas. O Hamas restabeleceu as leis islâmicas, inclusive a “proibição de armas para os não muçulmanos conquistados; a proibição de sinos de igrejas; e restrições com relação à construção e restauração de igrejas.”
A principal enganação usada para convencer os ingênuos a se juntar às fileiras do inimigo é primeiro convencer os evangélicos de que o que vale é o Evangelho e nada maisOs evangélicos precisam tomar cuidado: A meta do palestinianismo cristão é erradicar a presença judaica e não ajudar os cristãos perseguidos.
Walid Shoebat, ex-membro de uma organização terrorista palestina, é hoje um escritor cristão palestino que desmascara esquemas “cristãos” palestinos que promovem a teologia da libertação palestina.
Traduzido por Julio Severo do artigo do WND: Evangelicals for Hamas!

Palestinos colocam bandeira nazista sobre mesquita perto de Hebrom

Rachel Avraham/United With Israel
Residentes judeus da Judeia e Samaria ficaram chocados ao verem uma bandeira nazista tremulando sobre uma mesquita na vila palestina de Beit Omar perto de Hebrom na segunda-feira. A bandeira estava visível para milhares de cidadãos israelenses que passavam pela mesquita a caminho de Hebrom para trabalhar.
Uri Arnon, que viu a bandeira, disse à Agência Noticiosa Tazpit: “Senti como se eu estivesse voltando 75 anos atrás, perdendo nosso controle da terra. Os árabes não mais sentem necessidade de esconderem suas tendências assassinas, anunciando em voz alta que eles desejam nos destruir.”
Aryeh Savir da Agência Noticiosa Tazpit noticiou: “A resposta mais recente da Secretaria de Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (SCAGT) das Forças de Defesa de Israel é que eles estão esperando que os membros da empresa palestina de eletricidade entrem e removam a bandeira, pois ela está tremulando nos fios de eletricidade.”
Independente se a bandeira permanecerá ali ou não, o fato de que uma bandeira nazista foi colocada sobre uma mesquita palestina é um lembrete sinistro de como certos nacionalistas palestinos têm demonstrado apoio manifesto ao nazismo, assim revelando mais uma vez que eles não têm nenhuma intenção de coexistir pacificamente com Israel.
Aliás, a Fundação Walid Shoebat, que é dirigida por um palestino chamado Walid Shoebat (que no passado foi um terrorista da OLP, mas em recentes anos se tornou defensor de Israel), afirma que tais ações palestinas não deveriam surpreender nenhum de nós. Ele diz que o fato de que uma bandeira nazista esteja tremulando sobre uma mesquita palestina “deveria ser de conhecimento público, mas é continuamente ignorado — os fundamentalistas islâmicos e os nazistas têm a mesma mente. Que uma bandeira nazista tremulando numa vila palestina perto de uma mesquita deveria realmente ser menos chocante do que o fato de que tantos estão chocados com ela.”

O grande mufti da Palestina e Hitler

Na década de 1930 o líder islâmico (grande mufti) Haj Amin Al Husseini, que estava diretamente envolvido nos tumultos de 1929 que destruíram a antiga comunidade judaica de Hebrom, desenvolveu uma aliança muito íntima com a Alemanha nazista. O grande mufti e seus seguidores gostavam tanto de Hitler que eles até adotaram as saudações nazistas, agitavam retratos de Hitler nos comícios e colocavam suásticas em seus materiais escritos, enquanto os nazistas retribuíam dando bolsas de estudos para estudantes árabes, contratando árabes em firmas alemães e convidando líderes árabes para comícios nazistas numa época em que os judeus que haviam vivido dentro da Alemanha a vida inteira eram proibidos de ter tais oportunidade.
Aliás, o mufti estava na folha de pagamento dos nazistas como um agente e propagandista, e os nazistas estavam ativamente envolvidos na formação de ligações com os meios de comunicação árabes, cujo legado anti-judeu que começou por volta da época do Holocausto dura até os dias de hoje. O grande mufti estava por trás da Grande Revolta Árabe de 1936-1939 e das inúmeras operações terroristas árabes mirando os judeus de Israel; ele estava envolvido com o massacre Farhud de membros da comunidade judaica de Bagdá em 1941; ele incentivou ativamente os governos europeus a transportarem os judeus para campos de concentração e não permitirem que os judeus deixassem a Europa; e ele estava envolvido no treinamento de forças militares bósnias pró-nazistas, que cometeram incontáveis atrocidades. Ele também contrabandeava saques nazistas para os países árabes.

Ligações atuais

De acordo com o Observatório da Mídia Palestina: “Na sociedade palestina, o nome Hitler não carrega o estigma que carrega no Ocidente. Tanto as revistas do Hamas quanto os jornais do Fatah, da Palestina, escrevem favoravelmente acerca de Hitler. Para alguns palestinos, o homem e seu nome são dignos de admiração. Embora possa provocar surpresa para observadores ocidentais ver fontes palestinas oficiais apresentando Hitler como um herói, é importante notar que a repulsa a Hitler que é comum no Ocidente não recebe a mesma reação na sociedade palestina. Há até palestinos cujo primeiro nome é Hitler.”
Por exemplo, um artigo em Al Hayat Al Jadida escrito não muito tempo atrás por Hassan Ouda Abu Zaher declarou: “Se Hitler tivesse vencido, o nazismo seria uma honra e as pessoas estariam competindo para se tornar membros dele. Ele não seria uma desonra punível por lei. Churchill e Roosevelt eram alcoólatras, e em sua juventude foram questionados mais de uma vez por brigas que eles iniciaram em bares, enquanto Hitler odiava o álcool e não era viciado a ele. Ele costumava dormir cedo e acordar cedo, e era muito organizado. Esses fatos sofreram uma desordem também, e Satanás recebeu asas de anjos.”  
De fato, tremular uma bandeira nazista sobre uma mesquita palestina representa meramente a manifestação mais recente do descarado apoio do movimento nacional palestino em favor da ideologia nazista.
Traduzido por Julio Severo do artigo da revista Charisma: Palestinians Wave Nazi Flag Over Mosque Near Hebron

O que a Bíblia diz sobre um Estado palestino?

por Joel Richardson


Em 29 de novembro de 2012, 138 países aprovaram a Resolução 67/19 da ONU sobre “A Questão da Palestina.” A resolução expressa apoio pelo direito do “povo palestino… ao seu Estado independente da Palestina.”
À luz desse acontecimento profundamente histórico, e à luz da esmagadora tendenciosidade mundial contra a nação de Israel, é essencial que todos os estudantes da Bíblia parem para considerar o que a Bíblia diz sobre o futuro da nação de Israel e da “Palestina.”
Quando pesquisamos as muitas passagens bíblicas que falam da volta do Messias, fica imediatamente claro que entre as principais questões que Jesus está voltando para confrontar é a perseguição, marginalização e tratamento injusto que as nações da terra sempre deram a Israel. Apesar do fato de que a propaganda antissemita e antissionista de nossa época é amplamente adotada até mesmo por grandes segmentos da Igreja Cristã, a Bíblia deixa claro que quando Jesus voltar, ele de forma específica executará juízo contra os inimigos de Israel.
De acordo com o profeta Joel, logo antes da volta de Jesus, um vasto número de nações invadirá Israel e cercará a cidade de Jerusalém. Joel nos diz que Jesus executará juízo contra todas as nações envolvidas nessa invasão e também contra todos os que forçam a divisão da Sua terra:
“Reunirei todos os povos e os farei descer o vale de Yehôshaphat, Josafá, isto é, YahwehJulga; e ali hei de julgá-los por causa da minha herança: Israel, o meu povo escolhido. Porque eles maldosamente espalharam os israelitas pelo mundo, e dividiram entre si a minha terra.” (Joel 3:2 KJA)
Essa profecia deixa claro que um distinto Estado palestino se tornará realidade. O profeta fala do Senhor executando vingança contra gente do Egito, Jordânia, Líbano e territórios palestinos que têm se engajado em violência contra o povo de Israel:
“O que tendes vós contra a minha pessoa, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? Porventura quereis vingar-vos de mim? Se vingança é o que desejas, retribuirei sem demora tudo quanto tens feito.” (Joel 3:4 KJA)
“Por outro lado, o Egito ficará desolado, Edom se tornará um deserto arrasado, por causa das malignidades desferidas contra Judá, em cujas terras derramaram muito sangue inocente. Judá, por sua vez, será habitada para sempre e Jerusalém por todas as gerações. E purificarei a sua culpa do sangue que Eu ainda não havia perdoado, porquanto Yahwehhabita em Sião!” (Joel 3:19-21 KJA)
De acordo com o profeta Ezequiel, Jesus está voltando para executar juízo contra aqueles que estão apegados ao “antigo ódio” dirigido ao povo judeu e que derramaram o sangue dos israelitas.
“Porque mantiveste teu antigo ódio e inimizade, e entregaste os israelitas ao poder da espada no tempo da calamidade deles… por este motivo, juro pela minha própria vida, afirma Yahweh, o Eterno e Soberano Deus, que te entregarei ao espírito sanguinário, à morte, e este sangue te perseguirá.” (Ezequiel 35:5-7 KJA)
E de acordo com o profeta Isaías, o Dia do Senhor, ou a volta de Jesus, será especificamente um tempo em que o Senhor vingará Israel no meio da “causa legal” ou a “controvérsia de Sião”:
“Porquanto Yahweh terá um Dia de Vingança, um ano de retribuições pela causa de Tsión, Sião.” (Isaías 34:8 KJA)
Portanto, embora seja óbvio que Jesus está voltando para defender a oprimida e perseguida nação de Israel, talvez o que seja mais chocante ainda para alguns é o fato de que a Bíblia também descreve, de modo específico, a total devastação e juízo de Gaza e todo o território palestino. O profeta Sofonias, ao falar do Dia do Senhor, avisa todos os homens: “Buscai a justiça, buscai a humildade; talvez sejais poupados no Dia da ira de Yahweh.” Então vem uma descrição muito forte do que o futuro reserva para o Estado palestino quando Jesus voltar:
“Gaza será abandonada… Ai dos habitantes do litoral, da nação dos queretitas; a Palavra do SENHOR está contra vossas atitudes, ó Canaã, terra dos filisteus; e Eu vos destruirei sem que reste nem sequer um habitante. Toda essa terra junto ao mar, onde habitam os queretitas, se transformará em pastagem, com cabanas para os pastores e currais para os rebanhos. O litoral pertencerá ao restante da Casa de Judá, para que se alimentem ali; ao pôr-do-sol se deitarão nas casas de Ascalom; pois Yahweh, o seu Elohim, Deus, zelará por eles e restaurará o seu destino, trazendo-os de volta do cativeiro.” (Sofonias 2:4-7 KJA)
De acordo com essa profecia, o futuro Estado palestino será destruído e abandonado para o povo judeu habitar.
Para alguns, depois de ler essa informação, haverá a tentação de dar completamente por perdidos os palestinos e todos os inimigos de Israel. Mas se não conseguirmos reconhecer que por meio dessa passagem, o Senhor está chamando todos, inclusive os palestinos, ao arrependimento, então não conseguiremos mostrar gratidão pela misericórdia que Ele tem nos mostrado. Jesus morreu por nós, enquanto éramos ainda seus inimigos (Romanos 5:8-10). Jesus foi muito explícito em seu aviso contra esse tipo de espírito ingrato (Mateus 18:23-35). A igreja precisa orar diligentemente para que os palestinos se arrependam e se tornem servos do Deus de Israel.
Para os outros, haverá a tentação simplesmente de fazer pouco caso dessas profecias, casualmente desconsiderando-as como cumpridas na história antiga. Mas não dá para fazer isso sem cometer uma medida de violência contra esses textos. Os muitos avisos de um ajuntamento nos últimos dias das nações contra Jerusalém por meio dos profetas não são fáceis de desconsiderar como irrelevantes para nossa época, particularmente à luz da direção que o Oriente Médio está tomando neste momento.
Para aqueles que acreditam que Deus não tem mais nada a ver com Israel, você pode considerar o fato óbvio de que Satanás não parece ter recebido tal comunicado. Embora a maioria do povo judeu hoje ainda rejeite Jesus como Messias, a eleição e chamado deles permanecem garantidos (Romanos 11:28-29). Paulo alertou para que não nos tornássemos arrogantes nem ignorantes com relação a esse fato (Romanos 11:20, 25).
É hora da igreja inteira reconhecer o fato de que o Criador dos céus e da terra é o Criador de Israel. Esse é o título designado por Ele mesmo para sempre. Quando Jesus voltar, ele adotará uma postura política muito específica — é hora da igreja embarcar nessa postura.
Traduzido por Julio Severo do artigo do WND: What the Bible says about a Palestinian state

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Igreja Presbiteriana da Escócia diz que os judeus não têm nenhum direito à Terra Santa

Comunidade judaica está furiosa e diz que relatório “tem linguagem polêmica igual à linguagem da era da Inquisição contra os judeus e contra o judaísmo”

Judeus escoceses disseram que ficaram “revoltados” com um recente documento da Igreja da Escócia — que é a Igreja Presbiteriana Nacional — que rejeita que os judeus tenham direitos especiais à terra de Israel.
Igreja Presbiteriana da Escócia
O relatório, intitulado “A Herança de Abraão,” rejeita “afirmações de que as Escrituras ofereçam a algum povo um direito privilegiado de posse de um território específico” e diz que “só dá para haver reconciliação depois da desocupação militar israelense da Margem Ocidental e da parte oriental de Jerusalém e do desbloqueio israelense de Gaza.”
O Conselho Escocês das Comunidades Judaicas disse numa declaração postada em seu site na sexta-feira que o relatório publicado nesta semana foi “um ultraje a tudo o que o diálogo inter-religioso representa” e “tem linguagem polêmica igual à linguagem da era da Inquisição contra os judeus e contra o judaísmo.”
Os judeus não têm direito à terra de Israel?
“A arrogância de dizer ao povo judeu como interpretar os textos judaicos e a teologia judaica é impressionante,” o conselho judaico disse.
A declaração disse que o relatório “fecha a porta para um diálogo proveitoso” e conclamou a Igreja Presbiteriana a removê-lo antes de sua próxima Assembleia Geral.
Traduzido por Julio Severo do artigo do jornal Times of Israel: Scottish church says Jews have no claim to Holy Land
Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O 12º Imã (Imã Mahdi)

12th-ImamO que é um Imã? Segundo a crença islâmica, o Imã é um líder ou governante ungido. Especialmente entre as crenças xiitas, acredita-se que o Imã (embora não obrigatório) seja um líder ou clérigo de oração quando a palavra é maiúscula. Os sunitas também acreditam que um Imã pode ser um profeta. Os xiitas acreditam que nem todos os profetas podem ser um Imã mas que um Imã também pode ser um profeta. Diz-se que o Imã é ungido por Alá e um exemplo perfeito de como liderar a humanidade em todos os sentidos.

A interpretação xiita é que somente Alá pode nomear um Imã e que nenhum homem tem o poder de fazê-lo. Diz-se que o 120 Imã é um descendente do profeta Maomé e possui um estado divino assim como cada um dessa sucessão de filhos. O 120 Imã também é chamado de Imã Oculto e Mahdi (divinamente guiado).

O 120 Imã (Imã Mahdi): Quem é o 120 Imã?
Entre os xiitas (predominantes no Irã), existe uma profecia sobre o 120 Imã, o grande salvador espiritual. Este Imã é chamado de Abu al-Qasim Muhammad ou também chamado de Muhammad Mahdi al. Diz-se que ele era um filho do 110 Imã, Hasan al-Askari, e sua mulher, a neta de um imperador. Há declarações contraditórias de que seu nome era Fátima ou Nargis Khatoon.

A maioria dos relatos da história dizem que Al Mahdi escondeu-se como uma criança em torno da idade de 5 anos (cerca do 130 século). Acredita-se que ele tenha se "escondido" em cavernas desde então, mas que vai voltar sobrenaturalmente pouco antes do Dia do Juízo. De acordo com a Hadith, os critérios para o Imã Oculto são:
  • Será um descendente de Maomé e filho de Fátima
  • Terá uma testa larga e nariz pontudo
  • Retornará pouco antes do fim do mundo
  • Sua aparição será precedida por uma série de eventos proféticos durante 3 anos de caos, tirania e opressão mundiais
  • Fugirá de Medina a Meca, milhares de pessoas prometerão lealdade a ele
  • Reinará sobre os árabes e o mundo por 7 anos
  • Erradicará toda a tirania e opressão, trazendo harmonia e paz total
  • Liderará uma oração em Meca, durante a qual Jesus estará ao seu lado e a ele se unirá
Notavelmente, a teoria do 120 Imã faz grande parte das atuais preocupações mundiais com o Irã. O presidente xiita muçulmano do Irã, Ahmadinejad, está profundamente comprometido ao messias islâmico, Al Mahdi. Muitos ao longo dos anos têm afirmado ser o Imã Oculto, mas Ahmadinejad acredita que ele ainda esteja por vir. Ele alega que deva pessoalmente preparar o mundo para a vinda de Mahdi. Para que possa ser salvo, o mundo deve estar em um estado de caos e de subjugação. Ahmadinejad afirma que ele foi “dirigido por Alá para preparar o caminho para o aparecimento glorioso do Mahdi". Esta diretriz apocalíptica inclui algumas proclamações muito assustadoras. O 120 Imã (Imã Mahdi): Por que isso é tão importante agora?
Enquanto os cristãos aguardam a segunda vinda de Jesus, os judeus esperam pelo Messias e os muçulmanos esperam pelo 120 Imã. No entanto, dos três, Mahdi, o designado por Alá, é o único que exige um caminho violento para conquistar o mundo. Ahmadinejad e seu gabinete afirmam ter um "contrato assinado" com al Mahdi no qual eles se comprometeram a executar essa tarefa. O que esta tarefa envolve? À luz das preocupações sobre a capacidade nuclear do Irã, Mahmoud Ahmadinejad tem afirmado que Israel deveria ser apagado do mapa. Durante o seu discurso às Nações Unidas em setembro de 2005, ele afirmou ter sido envolvido por uma aura de luz e sentiu uma mudança na atmosfera durante a qual ninguém que estava presente conseguia piscar os olhos. Diz-se que o primeiro-ministro do Irã também falou em termos apocalípticos e parecia apreciar o conflito com o Ocidente, o qual ele chama de o Grande Satã. Tudo isso ocorre enquanto ele proclama que tem que preparar o mundo para a vinda de Mahdi por meio de um mundo totalmente sob o controle muçulmano. Ele está se esforçando muito para trazer horrores por todo o mundo, os quais devem estar acontecendo para que al Mahdi possa trazer a paz.

Este conceito e objetivo, juntamente com um ódio violento dos infiéis, dos Estados Unidos e de Israel, lembram-nos das profecias bíblicas do anticristo e do compromisso de milhões a um falso messias que afirmará trazer a paz. Poderiam este 120 Imã Mahdi e o seu servo Ahmadinejad darem entrada aos últimos dias que antecedem a vinda do verdadeiro Salvador?