quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"ISRAEL" NASCE NO HAITI

Entre os "milagres" que ainda acontecem no Haiti - entenda-se por milagres o resgate de sobreviventes 5 dias após o terremoto - a unidade de resgate vinda de Israel continua a trabalhar arduamente, uma mulher deu à luz um menino na madrugada de Domingo no hospital de campanha que Israel montou no Sábado dia 9.
A mãe, Jubilande Jean Michel, prontamente decidiu chamar o novo filho de "Israel".
Equipes de resgate israelitas conseguiram também resgatar um funcionário da alfândega que estava soterrado há 5 dias debaixo dos escombros do edifício da alfândega, tendo-o enviado para o hospital para ser tratado.
Baseados na sua experiência, responsáveis israelitas no local acreditam ser ainda possível ao fim de 5 ou 6 dias encontrar sobreviventes, mas dificilmente depois desse prazo. Equipes de resgate de várias partes do mundo estão agora a fazer um esforço do "tudo ou nada" para encontrar mais alguém vivo.
Desde que foi instalado no dia 9, o hospital israelita já tratou mais de 100 sobreviventes e o fluxo de pessoas que ali acorrem para ajuda intensifica-se a cada hora que passa. 40 médicos/as auxiliados por outros 40 enfermeiros/as e auxiliares estão fazendo o seu melhor para socorrer o maior número de vítimas deste terrível desastre.
Bem hajam!
Shalom, Israel!

fonte: Blog SHALOM ISRAEL SHALOM

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Israel envia equipes de salvamento para o Haiti

Amados irmãos...
A mídia só comenta o nome de Israel quando fala em injustiças cometidas contra os "pobres palestinos"!
Pois bem... Esta mesma mídia teve que falar bem de Israel, nessa reportagem mostram Israel enviando ajuda humanitária ao Haiti.
Oremos e celebremos ao Eterno, por esse episódio!
E clamemos que o Eterno faça com que mais atos de misericórdia da parte de Israel, sendo benção para as nações, venham a tona!!!



http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1192098-7823-ISRAEL+ENVIA+EQUIPES+DE+SALVAMENTO+PARA+O+HAITI,00.html

Judaísmo Messiânico reconhecido em Israel e outros lugares...

O Comitê Messiânico de Ação (MAC) liderou a luta contra duas propostas legislativas destinadas a tornar o Judaísmo Messiânico ilegal em Israel, e ambas as propostas não se tornaram lei na terra. Agora, o MAC (sob o nome de Comitê de Ação para o Judaísmo Messiânico, em hebraico) foi oficialmente reconhecido como uma organização israelita sem fins lucrativos. Isto significa que o governo de Israel agora reconhece oficialmente Judaísmo Messiânico!

Esta notícia é realmente incrível! Agora, porque os judeus messiânicos se mantiveram firmes, os israelitas serão confrontados com uma decisão. É qualquer tipo de judaísmo que praticam (ou não praticam) mais verdadeiro do que a nossa forma de Judaísmo -Judaísmo Messiânico?

Recentemente, vários livros foram publicados descrevendo Judaísmo Messiânico sob uma luz bastante positiva. Um novo livro, escrito por um rabino e que ainda não foi publicado, descreve o Judaísmo Messiânico como um ramo do judaísmo. Eu quase caí da cadeira quando eu vi um esboço de um candelabro de sete ramos que incluía a nossa marca do judaísmo, juntamente com os ortodoxos, Conservadores, Reformistas e Reconstrucionistas.

Em razão de a sinagoga messiânica movimentar respectivamente sua herança judaica e defender nossa pátria nacional, Israel, a comunidade judaica está começando a se mostrar favorável. Mas esta não é uma coisa inteiramente nova.

Quando Yeshua andou pela terra, ele foi seguido por milhares de judeus que buscavam conhecer mais sobre Deus. Eles procuraram seus comentários sobre o Shabat (sábado) as leis, sobre o maior mandamento, sobre as leis de kashrut (kosher). Ele era popular, pelo menos com o am-ha aretz (o povo comum).

Da mesma forma, como a primeira comunidade messiânica cresceu, o livro de Atos afirma que os crentes obtiveram favor com o povo judeu. Não apenas isso, mas quando o Rabino Shaul (aliás, o apóstolo Paulo) seguiu o suas "viagens missionárias", ele era frequentemente solicitado para discursar para sinagogas locais. Ele era considerado um judeu, ainda que um judeu que se diferenciou do normal.

Eu acredito que o Judaísmo Messiânico será mais eficaz apresentando as alegações de Yeshua, tornando o nosso movimento e cada congregação, dentro deste movimento atraente ao povo judeu. Nós encontraremos favor, mas serão necessários disciplina e trabalho duro.

Deus tem planos para o nosso povo. Ele chamou Israel para ser "uma luz para as nações". Mas agora, Israel, na sua maior parte, ainda está na escuridão. Apenas uma pequena porcentagem de judeus tem visto a Luz do Mundo.

Estes são tempos surpreendentes - Israel está amolecendo em relação aos judeus messiânicos. Alguns estão mesmo abraçando-nos. Livros estão honestamente descrevendo o que Judaísmo Messiânico tem tudo a ver. Cada vez menos somos retratados como "missionários trapaceiros" empenhados em destruir o povo judeu, como fomos descritos no passado.

Judeus messiânicos estão mais capazes de tomar uma posição com o resto da comunidade judaica. Isto levou às discussões normais por meio das quais podemos introduzir nosso Rabino, Yeshua, o Messias. Além disso, há informações que a comunidade judaica não-messiânica pode compartilhar conosco. Este dar e receber será usado pelo Senhor para cumprir o seu propósito. Lembre-se: de fato, nós todos somos parte de uma menorá. Eu sinto que algo grande está para acontecer.

Shalom u’vrachá (paz e benção)

Rabbi Baruch Rubin é presidente da Messianic Jewish Communications ( www.messianicjewish.net ) e Rabino da Congregação Judaica Messiânica Emmanuel (www.godwithus.org) ambos de Clarksville, Maryland.

Tradução de João B.M. Filho do original inglês.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Se eu fosse um cristão! - por Rabi Herman Sanger

“Se fosse cristão tão devoto e leal como sou judeu, o quê faria? Enchería-me de grande orgulho, como estou certo que vós fazeis, no maravilhoso relato da Cristandade e do Cristianismo como força construtiva na história da civilização. Nos dias da escuridão estética e moral mais escura, conventos e mosteiros cristãos eram refúgios de aprender, o lar de arte, e de santuários e igrejas a reta luz de fé elevadora e enobrecedora reluzia.
Relembraria isso e me gloriaria no fato. Devotaria ainda qualquer esforço da minha vida para o fim que a força civilizadora da minha Igreja fosse feita para contar efetivamente no esforço contemporâneo da humanidade para construir um mundo digno da humanidade, criando uma vida que reflita a inspiração divina.”
E, a seguir, o Dr. Sanger acrescentou: “Se fosse cristão, estaria agitado no profundo da minha alma pelo pensamento que eu e a minha Igreja ficamos em silencio por tanto tempo, e que encontramos expressão apenas e tão somente quando a tragédia alcançara o seu clímax abominável. Resolveria fazer qualquer coisa ao meu alcance para ajudar e salvar - abrir portões de países livres, onde os torturados pudessem encontrar refúgio, possibilitar aos que manejam escapar a encontrarem lar em Israel, a terra dos seus antepassados.”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Reconciliação Provocativa

Refleções sobre a Nova Declaração Judaica sobre a Cristandade
Por Victoria Barnett

Dizendo que estava na hora “para os Judeus aprenderem sobre os esforços dos Cristãos para honrarem o Judaísmo”, mais que 170 líderes judaicos de todos os ramos do Judaísmo assinaram uma declaração delineando oito pontos de fundo comum e assunto partilhado entre cristãos e judeus. A declaração, intitulada de Dabru Emet (“falam verdade”), editado em 7 de setembro e 2000, refere-se a “uma mudança sem precedentes nas relações entre judeus e cristãos” desde o Holocausto, requerendo uma “cuidadosa resposta judaica” a recentes mudanças nos ensinamentos cristãos sobre o Judaísmo. Afirma partilhadas raízes de ambas as fés, enquanto também reconhece “irreconciliáveis diferenças”.

No parágrafo mais controverso, Dabru Emet considera o papel de cristãos no Holocausto. Embora notando a longa história de antijudaísmo cristão e violência contra judeus, bem como o ativo envolvimento e cumplicidade passiva de cristãos nos crimes nazistas, a declaração, não obstante, diz que o “Nazismo não era um fenômeno cristão” ou muito menos “um resultado inevitável da Cristandade”. Tivesse o Nazismo continuado, “teria virado a sua fúria assassina mais diretamente contra os cristãos”. Os autores notam com gratidão os cristãos que salvaram judeus e aqueles cristãos de hoje que “rejeitam o ensino de desdém”, concluindo: “Não os acusamos pelos pecados cometidos pelos seus antepassados.”

Dabru Emet rapidamente evocou tanto apaixonado apoio como veemente oposição, particularmente a respeito das suas observações sobre o Holocausto. Um dos autores do documento, o Rábi Michael Signer, professor na Notre Dame, disse que recebeu numerosas mensagens dizendo que essa é uma mensagem muito positiva e esperançosa. De outro lado, diz Signer, muitos “pensam que traímos a história judaica e que fomos longe demais. Pensam que temos ‘deixado os cristãos fora do gancho’. Essa gente está convencida que qualquer movimento à reconciliação com aqueles cristãos que têm repensado a sua teologia de Judaísmo é tolo. Permanecem convencidos que a maioria dos cristãos não abjurou o seu triunfalismo, apontando ao apontado proselitismo dos Southern Baptists e dos Jews for Jesus”.

Na comunidade cristã, é novo e inquietante para alguns aprenderem que muitos judeus vêem o Nazismo um como resultado lógico da cultura cristã européia; outros expressam preocupação que os cristãos possam sentir-se completamente exonerados pela declaração judaica.

Em algumas discussões na Internet, cristãos interpretaram o parágrafo sobre o Holocausto uma como declaração de perdão. Entretanto, diz Signer, “não usaria o termo perdão, mas sim reconciliação. Para reconciliar, os cristãos têm de dar-se conta daquilo que fizeram de mal e das atitudes que tinham e que eram nocivas aos judeus. Evolvendo-se nessas discussões, encontrarão o seu caminho a um mais profundo entendimento da sua própria fé. Só Deus pode perdoar pecados do passado. Os judeus precisam de mais tempo para ver se a teshuváh cristã é real.

O padre John Pawlikowski, um líder de muito tempo no diálogo católico-judaico e presidente do Church Relations Committee no Holocaust Memorial Museum, nota a dificuldade de transmitir a complexa verdade sobre a Cristandade e o Holocausto numa breve declaração. As pessoas tendem a agarrar-se a sentenças primárias. Embora concorde em que não há absolutamente nenhuma linha direta entre o anti-semitismo cristão e o Holocausto, é verdade também que, mesmo assim, os ideólogos nazistas usavam grande parte do anti-semitismo cristão para promover os seus valores, e enquanto isso tender a escapar na parte subsequente do parágrafo, este está perdendo um pouco.”

Enquanto o parágrafo sobre o Holocausto evoca as mais emocionais respostas, outros pontos provocaram críticas. A declaração de Dabru Emet de que judeus e cristãos veneram o mesmo Deus, é problemático para muitos judeus, diz Christopher Leighton, diretor do Institute for Christian and Jewish Studies (ICJS). Leighton nota que as doutrinas da Trindade e incarnação “batem em um número de judeus como teológico manipanso (theological mumbo-jumbo) que compromete a integridade de monoteísmo”.

Por sua vez, alguns cristãos estão chocados pela reflexão sobre sua própria tradição que encontram no documento. “A idéia que judeus vêem os cristãos como idólatras vem uma como descoberta bruta”, Leighton observa. “Mas convida os cristãos para examinarem a fundo o que as suas reivindicações realmente significam. Muitos cristãos pararem de pensar teologicamente... A tarefa de reexaminar doutrinas centrais como a Trindade e a incarnação à luz de questões judaicas, poderiam ajudar os cristãos a recuperar a linguagem da sua própria tradição, e ao mesmo tempo alertar-nos à nossa susceptibilidade para algumas familiares e duradouras idolatrias.”

O aspeto mais notável de Dabru Emet, então, é que anima essa reflexão teológica dentro de cada uma das tradições em nome do diálogo entre elas. Pawlikowski expressou a esperança de que “será o começo duma nova fase de séria reflexão teológica e religiosa entre cristãos e judeus”. Em um sentido, Dabru Emet é mão estendida, fez tudo o mais movendo pela penosa história que o precede. Historicamente, o relacionamento judaico-cristão tem sido o de adversários, e muitos judeus e cristãos (talvez a maioria e ambos) realmente não sabem muito sobre a tradição do outro.

Signers espera que a declaração vá ajudar os judeus “para pensarem sobre si mesmos e o seu mundo em termos religiosos... Como parte dessa reflexão, esperamos que vão reconhecer que outras comunidades religiosas - nomeadamente a comunidade cristã - passou também por um período de reflexão e mudança”. Espera que os cristãos, por sua vez, vão “engajar-se em discussões com judeus. Esperamos que façam isso sem qualquer outro alvo do que auto-entendimento e entendimento do outro... Desejamos que os cristãos entendam o Judaísmo uma como aliança independente e contínua que tem vivido lado a lado e se cruzado com os cristãos na história pós-incarnação.”

Seja qual for o seu legado, Dabru Emet mostra que um foro institucional pode possibilitar algo muito não-institucional para acontecer. A declaração foi produzida por cerca de 30 cientistas judaicos que começaram a encontrar-se há seis anos sob os auspícios do ICJS. A meta original, de acordo com Leighton, era “examinar a formação da identidade judaica e os modelos de acomodação e resistência à cultura cristã”. O projeto começou com papeis acadêmicos, mas o formato mudou como os cientistas perceberam que estavam enfrentando assuntos que os tocavam pessoalmente como judeus e cidadãos.

Para Leighton, o projeto demonstrou as possibilidades criativas de conflito. “Não penso que alguém desses cientistas pensou que pudessem reivindicar definitivamente a verdade do Judaísmo em toda a sua complexidade, mas havia convicção de que penetração ou sabedoria não emergem senão do conflito sobre interpretações divergentes. Nós cristãos precisamos aprender argumentar apaixonadamente sem entregar-se um ao outro. Minha experiência presbiteriana tem sido que as pessoas com demasiada freqüência se esquivam, quando houver sérias diferenças de opinião. Os membros daquele grupo tomaram a sua diversidade um como grande dom, um como tesouro. Havia senso de que a conversa seria empobrecida se qualquer um não estivesse aí.”

Christian Century, September 27 - October 4, 2000.
Tradução: Pedro von Werden SJ
Texto inglês: Provocative Reconciliation: Reflections on the New Jewish Statement on Christianity