quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um ponto de vista árabe não convencional...

Aproximo-me desse assunto do Oriente Médio, de uma maneira um pouco diferente das outras. Sou um jornalista cristão, árabe-americano. Cheguei às minhas conclusões em grande parte através de experiências de primeira mão, cobrindo o Oriente Médio no meu campo de trabalho. Através dos meus 25 anos de carreira como jornalista, em trabalho diário, tive os 2 principais temas: Hollywood e o Oriente Médio. Poder-se-ia perguntar o que esses 2 temas têm em comum.

O denominador comum é que ambos lidam na esfera da irrealidade. Ambos se baseiam em mitos. Na realidade, a imaginação dos árabes em compor fábulas, re-inventando a História, e fazendo ficção dos fatos, fariam corar o Oliver Stone. E são esses mitos do Oriente Médio a que eu quero me referir hoje, no pouco tempo de que dispomos.

A que se refere toda essa controvérsia? Quais são as raízes verdadeiras desse conflito? Se acreditamos no que lemos na maioria das fontes de notícias, os palestinos querem uma porção de terra que seja sua, e os muçulmanos querem o controle dos lugares que eles consideram santos. Simples; não é verdade?

Errado! Na realidade, estas duas exigências não passam de estratégias enganosas - manobras da propaganda. Elas são nada mais do que desculpas falsas e racionalizações para o terrorismo e o assassinato de judeus. O objetivo real dos que fazem essas exigências, é a destruição do Estado de Israel.

A prova disto é que antes da guerra árabe-judaica de 1967, nno havia um movimento sério para uma pátria palestina. Por que?

Em 1967, durante a guerra dos 6 Dias, os israelenses conquistaram a Judéia, a Samaria e Jerusalém Oriental. Mas, eles não tiraram esses territórios de Yasser Arafat. Eles as tiraram do Rei Hussein da Jordânia. Por que os assim chamados palestinos, subitamente descobriram a sua identidade nacional, depois que Israel ganhou a guerra? Por que, antes disso, não havia uma exigência por uma pátria palestina?

A verdade é que a Palestina não é mais real do que a "Terra do Nunca" ( história de Peter Pan). A primeira vez em que esse nome foi usado, foi depois de 70 AD, quando os romanos cometeram genocídio contra os judeus, derrubaram o Templo, e declararam a extinção da terra de Israel. Dali por diante - prometeram os romanos - aquela terra seria conhecida como Palestina. O nome era derivado - calculamos nós - dos Filisteus, um povo conquistado pelos judeus séculos antes.

Contrariamente ao que Arafat lhes contará, naquela época os Filisteus já estavam extintos. Arafat gosta de fingir que o seu povo é descendente dos Filisteus. Em realidade, o nome foi simplesmente uma maneira dos romanos acrescentarem um insulto para injuriar os judeus - não somente haviam eles sido aniquilados, como teriam também a sua terra sendo chamada pelo nome do povo que eles haviam conquistado.

A Palestina jamais existiu - antes, ou desde então - como uma nação ou estado. Ela foi dominada, alternativamente, por Roma; pelos Cruzados Islâmicos e Cristãos; pelo Império Otomano; e, por pouco tempo, pelos ingleses, depois da I Guerra Mundial. Os ingleses concordaram em restaurar pelo menos uma parte da terra para os judeus, para servir-lhes de pátria. Quem rejeitou a idéia? Os árabes. Os judeus não poderiam ter lugar no Oriente Médio. Nenhum. Zero. Coisa alguma. NADA.

Agora, pelo menos para as platéias ocidentais, Arafat e alguns outros, assim chamados, líderes árabes, lhes dirão que está bem que os judeus também tenham sua terra, lado a lado, com os árabes. Por que não "estava bem" em 1948 ?

Não há língua conhecida como "palestina". Não existe uma cultura palestina distinta. Jamais existiu uma terra chamada Palestina, governada por palestinos. Os palestinos são árabes, sem fazer distinção dos jordanianos, sírios, libaneses, iraquianos, etc. Estejamos cientes de que os árabes controlam 99.9% das terras do Oriente Médio. Israel representa 1/10 de 1% de toda a terra ali. Mas, isto já é demais para os árabes. Eles querem TODA a terra. E isto é, na realidade, a razão da luta em Israel atualmente. Não importa quantas sejam as concessões que Israel faça da terra; jamais será suficiente para os árabes. O próprio Arafat explicou a manobra das negociações com Israel, num discurso de 1994 na África do Sul - em inglês . Ele já explicou essa manobra uma dúzia de vezes, em árabe.

"Primeiramente criamos nosso próprio estado, e o usamos para libertar toda a Palestina." Este é o alvo. Sempre foi o alvo. Arafat e seus seguidores, lhes dirão que a razão da necessidade de um estado árabe-palestino é necessário, porque os árabes foram removidos à força de suas propriedades durante a guerra de 1948. Mas verifiquem o que diziam os árabes sobre o assunto dos refugiados depois daquela guerra:

"O fato de haver refugiados, é conseqüência direta da ação dos países árabes se oporem à divisão e à existência do Estado Judaico. Os árabes concordam unanimemente com esta política, e devem portanto compartilhar na solução do problema"
- Emile Ghoury, secretário do "Mais Alto Comité Árabe-Palestino", numa entrevista com o jornal "Beirut Telegraph", em 6 de setembro de 1948.

"A nação árabe que havia encorajado os palestinos árabes a deixarem seus lares temporariamente, de maneira a estarem fora do caminho dos exércitos árabes invasores, falharam em manter suas promessas de ajudarem esses refugiados"
- O diário jordaniano "Falastin", de 19 de fevereiro de 1949.

"Quem trouxe os palestinos para o Líbano como refugiados, que sofrem agora com a atitude nefasta dos jornais e líderes comunitários, que não têm honra nem consciência ? Quem os trouxe para cá em calamitoso sofrimento, e sem um centavo, após terem eles perdido a sua honra ? Os países árabes, e o Líbano entre eles, o fizeram."
- O semanário muçulmano de Beirute "Kul-Shay", de 19 de agosto de 1951.

"Chegou o 15 de maio de 1948... Naquele dia o mufti de Jerusalém, fez um apelo aos árabes da Palestina para deixarem o país, porque os exércitos árabes estavam prestes a entrar e lutar em lugar deles."
- O diário do Cairo "Akhbar el Yom", em 12 de outubro de 1963.

"Pela fuga e pela queda dos outros vilarejos, são responsáveis os nossos líderes, por disseminarem rumores exagerados de crimes dos judeus e descrevendo-os como atrocidades, a fim de inflamar os árabes.
.... Espalhando boatos de atrocidades praticadas pelos judeus, matando mulheres e crianças, etc., eles instilaram o medo e o terror nos corações dos árabes da Palestina, até que eles fugiram deixando seus lares e propriedades para os inimigos".
- O diário jordaniano "Al Urdun", em 9 de abril de 1953.

Eu poderia continuar indefinidamente, com esta parte esquecida - ou deliberadamente obscurecida - da História, mas... vocês já perceberam o que quero dizer. Não houve nenhuma conspiração dos judeus para expulsar os árabes de seus lares em 1948. Isto jamais aconteceu. Existem, ao invés disso, várias provas históricas evidenciando os judeus rogando aos seus vizinhos árabes, para permanecerem e viverem em paz e harmonia. Ainda assim, apesar das palavras claras e sem ambigüidade dos observadores árabes da época, a História tem sido re-escrita, com sucesso, com a finalidade de transformar os judeus nos malignos.

Os países árabes que iniciaram as hostilidades, jamais aceitaram a responsabilidade - apesar de sua imensa riqueza e sua capacidade de assimilar dezenas de milhões de refugiados em suas nações sub-populadas. E outros países falharam em demonstrar-lhes a responsabilidade deles nisso.

Atualmente, é claro que prossegue esta charada cruel. O sofrimento de milhões de árabes é perpetuado exclusivamente com finalidades políticas dos países árabes. Eles são simples peões na guerra para destruir Israel.

Havia cerca de 100 milhões de refugiados em todo o mundo após a II Guerra Mundial. O grupo árabe palestino é o único, no mundo inteiro, não absorvido ou integrado nas terras de seu próprio povo. Desde aquela época, milhões de refugiados judeus vindos de todo o mundo, foram absorvidos na minúscula nação de Israel. Não faz nenhum sentido, esperar que esta mesma minúscula nação de Israel, resolva uma crise de refugiados que não foi criada por ela.

Pensam que os árabes realmente se importam com a situação difícil e os apuros dos seus refugiados? Eu lhes asseguro que Israel, de todos os países do Oriente Médio, tem tratado os refugiados árabes com mais justiça e mais compaixão.

Deixem-me dar-lhes um exemplo do que estou falando:
O jornal "Jordan Times" relata que "os refugiados palestinos no Líbano, a quem, há muito tempo têm-lhes sido negado muitos direitos civis, inclusive o direito de trabalhar, agora enfrentam um novo obstáculo em suas vidas precárias". Por causa de uma lei introduzida no Parlamento no ano passado, os árabes palestinos no Líbano ficarão privados do direito de possuirem propriedades. Aqueles que já possuem propriedades, não poderão legá-las aos seus próprios filhos. Agora, imaginem só se Israel deixasse passar uma lei assim? Podem todos imaginar qual seria a grita internacional? O que diria disto as "Nações Unidas"? Como a mídia ocidental estabelecida encararia tal manobra draconiana?

No entanto, isto está acontecendo numa nação árabe, virtualmente sem comentários - a não ser aqui. E, simplesmente, vejam o raciocínio claro para tal ação no Líbano, conforme descrito no "Jordan Times":
"O Parlamento Libanês, passou a lei, com base em que desejam proteger o direito dos refugiados palestinos a eventualmente retornarem aos seus lares, dos quais fugiram, depois da criação do Estado de Israel nas terras palestinas em 1948".
Isto não é fantástico? "Estamos protegendo os seus direitos, negando-os!!"

Enquanto Israel vem se desdobrando para acomodar os árabes palestinos - especialmente aqueles vitimados pela guerra de 1948 - as nações árabes somente têm explorado o seu sofrimento. E esta exploração continua ainda hoje. As claras! É uma questão de lei! Ainda assim, o mundo não vê isto!
Desde que escrevi uma coluna em outubro de 2000, chamada "Os Mitos do Oriente Médio", os leitores do mundo todo vêm me perguntando o que significa o termo "palestino".
A resposta simples, é que ele significa o que quer que seja que Arafat queira que signifique. O próprio Arafat nasceu no Egito. Mais tarde, mudou-se para Jerusalém. Sem dúvida, a maioria dos árabes que vivem dentro das fronteiras de Israel hoje, vieram de algum outro país árabe, numa certa época de suas vidas.

Os árabes atualmente continuam a afluir para dentro de Israel. Continuam a mudar-se, para estar sob a autoridade palestina. Imigraram para lá, antes mesmo que tivesse saído de sob o controle de Israel. Os árabes edificaram 261 estabelecimentos na "West Bank" ("Margem Ocidental") desde 1967. Não se ouve falar muito sobre esses estabelecimentos. Ao invés disso, ouvimos falar sobre o número de estabelecimentos judaicos que foram criados. Ouvimos falar como eles são desestabilizadores; como são objetos de provocação. No entanto, se compararmos, somente 144 estabelecimentos judaicos foram construídos desde 1967 - inclusive aqueles em redor de Jerusalém, na "West Bank" e em Gaza. É isto um fenômeno novo? Absolutamente não. Sempre foi assim. Os árabes têm convergido para Israel e suas cercanias, desde que foi criado, e mesmo antes, coincidindo com a onda de imigração judaica dentro da Palestina antes de 1948.

Em 1939, Winston Churchill disse: "Longe de serem perseguidos, os árabes se aglomeraram no país e se multiplicaram, ao ponto da sua população haver aumentado mais do que mesmo toda a população judaica do mundo tivesse podido aumentar a sua própria."

E isto levanta uma questão que jamais vejo ninguém perguntar: Se os programas e ações de Israel tornam a vida dos árabes tão intolerável, por que continuam eles a se bandear para o estado judaico? Esta é uma pergunta importante, quando vemos o atual debate palestino transformar-se para a questão do "direito de voltar". De acordo com as mais liberais reivindicações das fontes árabes, cerca de 600.000 a 700.000 árabes deixaram Israel em 1948, e em torno de 1948, quando foi criado o estado judaico. A maioria não foi forçada a isto pelos judeus, mas, pelo contrário, partiram por insistência dos líderes árabes que haviam declarado guerra à Israel. No entanto, há agora muito mais árabes vivendo nesses territórios do que havia antes. E, muitos dos que se foram em 1948 ( e logo após essa data), na realidade, tinham raízes em outras nações árabes.

Por isto, é tão difícil definir o termo "palestino". Sempre foi. O que significa isso? Quem é um palestino ? É alguém que veio trabalhar na Palestina por causa de uma economia animadora e oportunidades de trabalho? É alguém que morava na região havia 2 anos? 5 anos? 10 anos? É alguém que esteve uma vez de visita? É algum árabe que quer viver na região?

Embora os árabes suplantem em número os judeus no Oriente Médio, numa proporção de 100 para 1, a população árabe da Palestina era historicamente, extremamente baixa, antes do interesse renovado dos judeus pela região, começando em princípios do século XX (1900s). Por exemplo: um guia de viagem à Palestina e à Siria, publicado em 1906, por Karl Baedeker, ilustra o fato que, mesmo quando o Império Islâmico Otomano governava a região, a população muçulmana em Jerusalém era mínima. O livro avalia a população total da cidade em 60.000, dos quais 7.000 eram muçulmanos; 13.000 eram cristãos, e 40.000 eram judeus. "O número de judeus cresceu muito nas últimas décadas, apesar do fato de serem eles proibidos de imigrar ou possuir terras de sua propriedade", declara o livro.

Embora os judeus fossem perseguidos, ainda assim eles vieram para Jerusalém e representavam a esmagadora maioria da população, bem no início do século, desde o ano de 1906.

Por que era tão pequena a população muçulmana? Afinal, somos informados que Jerusalém é a terceira cidade mais santa do Islã. Certamente, se esta crença fosse grandemente espalhada em 1906, um maior número de devotos deveria ter-se ali estabelecido. A verdade é que a presença judaica em Jerusalém, e através de toda a Terra Santa, persistiu através da sua sangrenta História, conforme documentado no livro de Joan Peters que marcou época, sobre as origens do conflito árabe-judaico na região. Os árabes vieram por causa da atividade econômica e - creiam ou não - vieram porque havia mais liberdade e mais oportunidade em Israel do que em seus próprios países.
É hora de injetar o componente de liberdade na discussão. Em anos recentes, a "Casa da Liberdade", ("Freedom House"), a organização dos direitos humanos que monitora a maneira em que as nações do mundo tratam seus próprios cidadãos, descobriu que há uma enorme tendência em todo o mundo, de afastamento do totalitarismo e autoritarismo, e ida em direção à liberdade - com exceção do mundo árabe.

Há 22 países árabes - e todos com graus variáveis de policiamento. Se os Estados Unidos continuarem a forçar um estado palestino sob a liderança de Yasser Arafat, haverá 23. Vamos esperar e orar que esta administração esteja começando a ver as coisas. Há algumas fortes indicações de que este seja o caso.

A campanha iminente do Iraque, poderia representar um acontecimento divisor de águas na História do Oriente Médio.
Imaginem um Iraque livre.
Imaginem um Afeganistão livre.
Imaginem um Irã livre.
Imaginem um Líbano livre.

Pode acontecer. Se elevarmos nossos alvos e agirmos com responsabilidade, e formos corajosos e firmes em travar esta guerra contra o terrorismo - esta guerra que não foi iniciada por nós - isto poderia acontecer.

Joseph Farah

Extraído de:
Ministério Canaã no Brasil
Irmandade Evangélica de Maria
info@canaan.org.br

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