terça-feira, 25 de agosto de 2009

Suprema Corte de Israel favorece Judeus Messiânicos

JERUSALÉM – A Suprema Corte de Israel declarou que os judeus messiânicos possuem os mesmos direitos, no que diz respeito à cidadania automática, que os judeus que não crêem em Jesus como o Messias.

O caso foi apresentado por 12 requerentes que tiveram a cidadania negada principalmente porque eram judeus crentes em Jesus. A maior parte deles havia recebido cartas dizendo que não lhes seria dada cidadania porque “executavam a atividade missionária”, de acordo com um e-mail distribuído por Calev Myers, fundador e promotor público chefe do Instituto de Justiça de Jerusalém.

Um secretário do Ministério do Interior, de acordo com o que foi relatado, havia dito a uma requerente que, por ela estar exercendo a atividade missionária, agia contra os interesses do Estado de Israel e do povo judeu.

A Suprema Corte de Israel encerrou, no dia 16 de abril, a batalha legal que já durava dois anos e meio, ao determinar que os messiânicos deveriam receber tratamento igual sob a égide da “Lei do Retorno” israelense, que diz que qualquer um que é nascido judeu pode imigrar de qualquer parte do mundo para Israel e ser-lhe-á outorgada a cidadania automaticamente.

"Esta é mais uma batalha vencida em nossa guerra para estabelecer a igualdade em Israel para a comunidade de judeus messiânicos, assim como qualquer outra corrente de fé legítima dentro do mundo judeu”, escreve Myers.

Jim Sibley, professor universitário no Criswell College, em Dallas (EUA) e outrora missionário em Israel, disse a Baptist Press que os crentes judeus haviam sido excluídos da Lei de Retorno por decisões judiciais anteriores, incluindo uma da década de 1980, que declarava que se um judeu cresse em Jesus como o Messias, ele não deveria ser considerado judeu.

“O judaísmo rabínico tradicional ensina que a condição de ser judeu é determinada pela linhagem sangüínea da mãe”, explicou Sibley. “Embora, biblicamente, ela seja determinada pela linhagem paterna”.

"Aparentemente, pelo menos um dentre os 12 a quem vinha sendo negada a cidadania tinha uma mãe gentia e um pai judeu”, disse Sibley, diretor do Instituto Pasche de Estudos Judaicos em Criswell. “Mesmo em uma situação como essa, isso já basta para que a cidadania seja concedida. Tudo o que isso [a decisão judicial] faz é basicamente dizer que as mesmas regras que se aplicam a qualquer outra pessoa judia são aplicáveis aos judeus que crêem em Jesus”.

“Com a decisão”, disse Sibley, “os judeus messiânicos podem buscar a cidadania em Israel sem qualquer discriminação religiosa".

"É realmente uma decisão extraordinária porque a corte, aparentemente, além disso, ordenou ao Ministério Israelense do Interior que parasse de perseguir os crentes judeus”, disse Sibley. “Alguns dos setores judaicos extremamente ortodoxos haviam ocupado posições no Ministério do Interior e estavam utilizando seus postos para revogar a cidadania dos crentes, negar vistos e, com muita freqüência, perseguir não apenas os crentes judeus, mas também os trabalhadores cristãos em Israel”.

“A decisão da Suprema Corte deve aliviar um pouco as pressões que os crentes judeus e trabalhadores cristãos estrangeiros têm sofrido em Israel”, disse Sibley, acrescentando que ele “não pode deixar de acreditar” que a decisão esteja relacionada a um ataque terrorista contra a comunidade messiânica, ocorrido em março.

Nesse incidente, Ami Ortiz, de 15 anos de idade, cujos pais são conhecidos líderes messiânicos congregacionais em Ariel, abriu uma bomba escondida em um embrulho de presente, entregue em sua casa. Ele sofreu muitas lesões no corpo, mas se espera que ele se recupere após pelo menos um ano de tratamento. Embora as investigações policiais estejam em andamento, judeus ortodoxos antimissionários estão entre os principais suspeitos de serem os responsáveis pelo crime.

Sibley disse que os judeus ortodoxos deveriam reconsiderar sua maneira de ver os crentes messiânicos e parar de persegui-los.

“Com um grande número de judeus simplesmente se afastando de sua identidade judaica e absorvendo o secularismo e o casamento misto, os israelenses não precisam temer os judeus messiânicos”, disse Sibley. “Como eles mesmos deveriam saber, os judeus que crêem em Jesus não apenas afirmam sua condição de judeus: eles persistem nela. E, além disso, os que são cidadãos de Israel são patriotas. Servem às forças armadas e pagam seus impostos.”

Por Erin Roach - 21 de Abril de 2008
extraído de: http://www.povoescolhido.com.br/index.php?id=90

2 comentários:

  1. Olá, shalom u'vrachá. Que chuvas de bençãos caia sobre voçê e os seua amados. Que O Eterno D'us de Israel lhe exalte e bendiga!

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  2. Olá a paz!!! gostei do seu blog,sou sua seguidora e gostaria de convidá-lo a visitar o meu http://teismoracional.blogspot.com/ para trocarmos idéias, experiencias, comentarios o meu blog e do meu marido é um blog que busca debater sobre a bíblia sagrada, fique na paz... obrigada pela atenção

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